Dia 2 de Abril – Dia Mundial da Conscientização pelo Autismo: conheça e faça conhecer.

Por meio de um decreto promulgado em dezembro de 2008, a ONU (Organização das Nações Unidas) estabeleceu o dia 2 de abril como  O Dia Mundial da Conscientização pelo Autismo. A data é dedicada a divulgação de informações, combate do preconceito e discriminação sofridos pelos portadores do Transtorno de Espectro Autista, que é mais comum em crianças do que AIDS, Câncer e Diabetes juntos [link].
Cartaz da campanha do Dia Mundial da Conscientização pelo Autismo 2011.
Fonte: revista Autismo. 
Maioria das pessoas – inclusive profissionais da saúde – desconhece as características do Transtorno, o que impede um diagnóstico e intervenção precoces, essenciais para que se obtenham resultados mais significativos no tratamento. Apenas uma equipe especializada pode fechar o diagnóstico, mas todos devem contribuir para que aqueles que apresentem os sinais do autismo sejam encaminhados ao atendimento adequado e avaliados corretamente, para um tratamento precoce. 
post Como Identificar uma Criança Autista?  apresenta um conjunto imagens com informações a respeito dos sinais que podem indicar se a pessoa possui o transtorno. Se conhece alguém que apresenta alguns destes sinais, procure direcionar esta pessoa ao atendimento especializado (APAE, por exemplo) o mais rápido possível, para que ela seja adequadamente cuidada.

Outros posts do Comporte-se também apresentam diversas informações importantes sobre a síndrome. O texto Autismo – Um Breve Histórico, por exemplo,  é um resumo do artigo Abordagem Comportamental do Autismo, de autoria de Alexandre Costa e Silva. Ele apresenta uma breve revisão a respeito da história do diagnóstico, dificuldades enfrentadas pelos pais de crianças portadoras da síndrome, evoluções no tratamento  e por fim, fala sobre como o autismo é visto hoje em dia, apresentando também algumas hipóteses etiológicas do Transtorno.

O post Análise do Comportamento e Psicanálise no Tratamento de Pessoas com Transtornos do Espectro Autista: Diálogos Possíveis, de autoria do Terapeuta ABA convidado Marcos Vinícius, de Belo Horizonte – MG, apresenta um relato de caso de uma criança que era atendida por um psicanalista e, a pedido pedido do psiquiatra que a acompanhava, foi encaminhada a um Analista do Comportamento. Como a mãe da criança também era Psicanalista e fazia questão que um psicólogo desta orientação teórica atendesse seu filho, o Analista do Comportamento e o Psicanalista realizaram um atendimento conjunto da criança, resultando em resultados muito satisfatórios sobre seu desenvolvimento. 
O post Uso de Cobertores no Tratamento de Crianças Autistas é uma chamada para um texto publicado por Felipe Epaminondas em seu blog, alertando para a importância de se ter cautela na hora de escolher o melhor atendimento para a criança portadora do transtorno. O método mais indicado e o único que produz efeitos realmente satisfatórios  é o Método ABA [link] que, inclusive, foi consagrado pelo governo americano como o melhor método de tratamento para o autismo. 

De acordo com o Departamento de Saúde do Estado de Nova Yorque, procedimentos derivados da análise do comportamento são essenciais em qualquer programa desenvolvido para o tratamento de indivíduos diagnosticados com autismo. A academia nacional de ciências dos EUA, por exemplo, concluiu que o maior nº de estudos bem documentados utilizaram-se de métodos comportamentais. Além disso, a Associação para a Ciência do Tratamento do Autismo dos Estados Unidos, afirma que ABA é o único tratamento que possui evidência científica suficiente para ser considerado eficaz. [1]

O post Método ABA de Tratamento a Crianças Autistas disponibiliza uma apostila com os  principais conceitos do método. A linguagem é bastante acessível e ela pode ser compreendida com facilidade, desde que se tenha em mente que o texto apresenta apenas uma idéia geral do funcionamento do método e não uma discussão detalhada de sua aplicação
Em casos de autismo leve e moderado, com diagnóstico precoce, é possível levar a criança a níveis de desenvolvimento similar aqueles observados em crianças não portadoras do transtorno por meio deste método, desde que o acompanhamento seja feito por um profissional qualificado para seu uso. 

ENTREVISTA SOBRE O ABA: Quem tiver interesse em saber mais a respeito do Método ABA, deve entrar em contato por meio do e-mail contato@comportese.com, informando seu nome, se conhece alguém com o diagnóstico e o tipo de relação que possui com esta pessoa e qual dúvida possui. As perguntas enviadas até dia 10 de abril de 2011 irão compor uma entrevista que será enviada a um especialista que as responderá, e em seguida, serão postadas aqui as respostas. As perguntas enviadas após esta data poderão ser incorporadas a novas entrevistas ou respondidas por meio de posts aqui no site. 

Participe da campanha do Dia Mundial da Conscientização pelo Autismo e divulgue informação de qualidade a respeito. Lembre-se que muitas crianças não recebem o diagnóstico por falta de informação de seus familiares a respeito e que o diagnóstico precoce é vital para que um tratamento obtenha melhores resultados. 
Fontes: 

[1] MIGUEL, C. ABA – Applied Beravior Analysis – Análise Aplicada do Comportamento. Boletim Autismo Brasil n.2, de junho de 2005.

* Caio Miguel (MIGUEL, C.) é Psicólogo, doutor em análise do comportamento pela Western Michigan Universit.

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Escrito por Portal Comporte-se

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